Ociosidade e Depressão

A falta de planejamento para a aposentadoria e o envelhecimento pode levar à ociosidade e contribuir com a possibilidade do desencadeamento da depressão.

Entretanto, o ócio pode ser benéfico, porquanto, quando planejado, pode tornar produtivo o tempo livre e potencializar as relações interpessoais, proporcionando experiências de lazer, descanso e diversão, e, ainda, colaborar com o desenvolvimento das pessoas, tanto física como mentalmente.

por Ademar Lindner

OCIOSIDADE E DEPRESSÃO: UMA ANÁLISE DA NECESSIDADE DE O CRISTÃO PREPARAR-SE PARA A APOSENTADORIA 

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção de certificado no Curso de Pós-Graduação em Psicologia Pastoral da FAETEL – Faculdade Teológica de Ciências Humanas e Sociais Logos. 

Viamão, setembro de 2021 

RESUMO 

A aposentadoria traz consigo a cessação da atividade laboral que compôs o período aquisitivo e, portanto, demanda uma ressignificação da vida pessoal, em que a pessoa vai mudar o estilo de vida dela e procurar novos significados. A atividade principal, até então ocupada pelo trabalho, ao ser substituída pela ociosidade, bem como a perda das relações sociais decorrentes da atividade laboral, é um dos fatores que podem contribuir para a depressão. Entretanto, o ócio quando planejado pode potencializar as relações interpessoais e proporcionar experiências de lazer, descanso e diversão, e ainda colaborar com o desenvolvimento das pessoas, tanto física como mentalmente. Contudo, é imprescindível a iniciativa pessoal de cada indivíduo para planejar esta fase tão importante da vida, que é a aposentadoria. E a transição para a aposentadoria será facilitada se a pessoa se preparar ainda quando estiver em atividade laboral. Algumas organizações, como forma de auxiliar quem está em fase de pré-aposentadoria, oferecem um conjunto de ações e atividades organizadas, por meio de trabalho interdisciplinar, com profissionais oriundos de diversas áreas do conhecimento, a fim de se prepararem para o futuro. O cristão, todavia, conta, ainda, com a fé como fortaleza e uma parte essencial da sua vida, pois faz com que tenha esperança e motivação de sempre seguir em frente, dando-lhe um significado de vida ainda mais profundo. 

Palavras-chaveIdoso. Ociosidade. Depressão. Preparação. 

Abstract 

Retirement brings with it the cessation of work activity that made up the vesting period and, therefore, demands a reframing of personal life, in which the person will change their lifestyle and look for new meanings. The main activity, until then occupied by work, when replaced by idleness, as well as the loss of social relationships resulting from work activity, is one of the factors that can contribute to depression. However, leisure when planned can enhance interpersonal relationships and provide experiences of leisure, rest, and fun, and collaborate with people’s development, both physically and mentally. Nevertheless, the personal initiative of everyone is essential to plan this very important phase of life, which is retirement. And the transition to retirement will be facilitated if the person prepares while still working. Some organizations, as a way to help those in the pre-retirement phase, offer a set of actions and activities organized through interdisciplinary work, with professionals from different areas of knowledge, in order to prepare to the future. The Christian, however, still counts on faith as a strength and an essential part of his life, as it gives him hope and motivation to always move forward, giving him an even deeper meaning of life.

Keywords: Elderly. Idleness. Depression. Preparation

INTRODUÇÃO  

A falta de planejamento para a aposentadoria e o envelhecimento pode levar à ociosidade e contribuir com a possibilidade do desencadeamento da depressão. A atividade principal, até então ocupada pelo trabalho, ao ser substituída pelo ócio, e a perda das relações sociais decorrentes da atividade laboral, é um dos fatores que podem contribuir para a depressão. 

Entretanto, o ócio pode ser benéfico, porquanto, quando planejado, pode tornar produtivo o tempo livre e potencializar as relações interpessoais, proporcionando experiências de lazer, descanso e diversão, e, ainda, colaborar com o desenvolvimento das pessoas, tanto física como mentalmente.

De outro lado, a espiritualidade poderá, também, desempenhar um importante papel neste sentido, pois a fé é parte essencial da vida do cristão e faz com que este tenha esperança e motivação de viver, além de oferecer suporte no enfrentamento de situações de grande estresse. 

Trata o presente artigo de pesquisa bibliográfica que tem como campo de investigação a necessidade de planejamento de atividades para durante a aposentadoria. Num primeiro momento, conceitua-se quem é considerado idoso e aborda-se a questão deste e a aposentadoria. Prossegue-se com o tema da ociosidade e depressão e a relação entre si; aponta-se a fé como fonte de significação na vida, que traz esperança e motiva o cristão a sempre seguir em frente. Por fim, aborda-se a necessidade de planejamento para a fase da aposentadoria, o que poderá ser facilitado quando o cristão está inserido numa comunidade religiosa. 

Este trabalho analisará obras que versam sobre o tema, como livros, artigos e publicações eletrônicas, bem como a Bíblia Sagrada, porquanto esta é regra de fé e prática do cristão. Entretanto, salienta-se a escassez de material encontrado na literatura sobre o tema, visto que são ainda “poucos psicólogos organizacionais que se preocupam com os profissionais em final de carreira e que estão habilitados para trabalhar com este público-alvo”, como bem constatam as psicólogas Tanize Amália Pazzin e Ângela Marin.[1]  

1. O Idoso e a Aposentadoria 

Nos últimos anos, o aumento da expectativa de vida gerou uma grande mudança demográfica devido ao incremento da longevidade na sociedade brasileira. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população manteve a tendência de envelhecimento e consequente crescimento do número de idosos, que em 2012 era de 25,4 milhões e em 2017 ultrapassou 30,2 milhões. No quarto trimestre de 2019, a população de idosos já era 34,0 milhões.[2] Dentro desse contexto do envelhecimento, constata a pesquisa do IBGE, a população que mais cresce no mundo é a de idosos, principalmente aquela com 80 anos de idade ou mais, sendo a faixa etária de maior crescimento também na população brasileira.  

A Lei nº 10.741, de 01/10/2003[3], que instituiu o Estatuto do Idoso no Brasil, define como idosas as pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.  

Pertinente aos idosos, a Bíblia Sagrada expressa o cuidado de Deus em cada faixa etária, sem excluir, obviamente, a idade avançada: “Até a vossa velhice, quando tiverem cabelos brancos, eu sou o mesmo, sou aquele que vos susterá. Eu vos criei, e vos levarei; sim, eu vos sustentarei e vos livrarei.” (Isaías 46:4). Também dispõe sobre a honra e o respeito de que são dignos os de avançada idade: “Levantem-se na presença dos idosos, honrem os anciãos, temam o seu Deus. Eu sou o Senhor.” (Levítico 19:32). 

No processo de envelhecimento, porém, ocorrem mudanças, tanto físicas como sociais, ligadas à passagem do tempo, que têm continuidade por toda a vida, conforme observam os psicólogos Sílvia Virgínia Coutinho Areosa, Jerto Cardoso da Silva e Lísia Mânica Herzog.[4] Uma dessas mudanças nesta faixa etária é a aposentadoria, que traz consigo o encerramento da carreira profissional ou o afastamento de um emprego, bem como a perda das relações sociais decorrentes da atividade laboral. Entretanto, “a capacidade de aceitação das mudanças fisiológicas decorrentes da idade e a visão de que as doenças e limitações não impossibilitam a possibilidade de se ter uma velhice bem-sucedida”[5] é uma das principais características de um envelhecimento saudável, destacam os autores. 

Por outro lado, numa sociedade que atribui maior importância ao “fazer” do que ao “ser”, a cessação da ocupação pode causar um profundo impacto no indivíduo. A mestre em gerontologia Maria Amélia Ximenes observa que “o mundo dos ‘fazeres’ define as pessoas. Perguntas frequentes como ‘O que você faz?’, ‘Você trabalha com quê?’, identificam, situam uns diante dos outros. A identidade do indivíduo se constrói a partir de suas atividades remuneradas ou não (…)”.[6] 

A forma como cada pessoa irá vivenciar este momento é variável de acordo com a cultura, os valores pessoais e socioeconômicos e o contexto onde vive, bem como a centralidade do papel profissional na vida do sujeito, segundo destacam as psicólogas Tanize Amália Pazzin e Ângela Marin, em artigo publicado na Revista Brasileira de Orientação Profissional.[7]  

As autoras observam que o “rompimento das relações de trabalho devido à aposentadoria pode acarretar isolamento social, desajustes familiares e conjugais e até mesmo mortes inesperadas em períodos imediatamente posteriores ao desligamento do trabalho.” [8]

Neste sentido, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou que 12% das pessoas diagnosticadas com depressão no mundo têm mais de 65 anos e que, segundo especialistas, esse fato guarda relação com o fim da atividade laboral e a sensação de inutilidade social.[9] 

Portanto, a aposentadoria – e a consequente cessação da atividade laboral que compôs o período aquisitivo – demanda uma ressignificação da vida pessoal, em que a pessoa vai mudar o estilo de vida dela e procurar novos significados. As autoras apontam, porém, que esta é uma oportunidade de novas conquistas, liberdade e desenvolvimento pessoal, em que o indivíduo poderá realizar o que a restrição de tempo impedia, preenchendo, assim, o tempo ocioso que então terá.[10] 

2. Ociosidade 

No que pertine à ociosidade, o Dicionário Online de Português a define como “característica, condição ou particularidade de ocioso; desocupado, inativo”.[11] 

A professora Maria Amélia Ximenes e outros, em artigo publicado na Revista Kairós Gerontologia[12], salientam que “o significado da palavra ócio está ligado a conotações negativas e positivas. As negativas estão relacionadas à preguiça, indolência, inutilidade e improdutividade; e as positivas, ao descanso, à folga, ao vagar, ao repouso, ao sossego, ao entretenimento e até ao lazer.”

Por sua vez, o professor Manuel Cuenca Cabeza[13] ensina que o ócio também tem uma função social, ao potencializar as relações interpessoais, além de outras como as econômicas, psicológicas ou de inovação, a qualquer momento da vida e, consequentemente, também estão presentes no ócio das pessoas mais velhas. Ele acrescenta, ainda, que as consequências ligadas à ociosidade adquirem uma especial importância e características relevantes para as pessoas aposentadas.  

Cabeza cita o estudo sobre os aposentados nos EUA feito por Robert Weiss, que aponta o que a desvinculação do trabalho representa: 

Uma perda, porque este havia servido, além de recurso econômico, como meio de identidade e de relacionamento. No entanto, o autor encontra em sua investigação que os aposentados recebem em troca três grandes dádivas: Tempo livre, liberdade e novas possibilidades. Mas apenas podemos considerar que essas sejam dádivas na medida que as aproveitamos para realizar o projeto de vida que queremos, do contrário, mais que dádivas poderíamos falar de castigos.[14]

 Neste mesmo norte, a psicóloga Cristiane Silva Esteves chama a atenção para a importância dos relacionamentos nesta fase. “Na velhice contam não somente os laços familiares, mas também os laços de amizades que conquistamos e fortalecemos com o tempo”[15], e prossegue afirmando que a socialização, advinda de atividades em grupo, por exemplo, é um fator que pode ser bem gratificante aos idosos e fazer com que possam interagir com outros de idades semelhantes, contribuindo, assim, para afastar os processos depressivos. 

3. Depressão 

O Ministério da Saúde conceitua depressão como “um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado”.[16] 

Os sintomas depressivos são um problema de magnitude mundial, afetando uma estimativa de 350 milhões de pessoas, desde jovens a idosos. Por sua vez, a OMS indica que em dez anos os casos aumentaram mais de 18%, num índice que supera 320 milhões de pessoas diagnosticadas.[17] Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que são idosos os mais afetados pela depressão. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2019 pelo IBGE, a doença atinge cerca de 13% da população entre os 60 e 64 anos de idade.[18]  

De outro lado, o médico neurologista Vitor Tumas, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), adverte que nem sempre a doença está relacionada à aposentadoria, como muitos acreditam, mas ao avanço da idade. “A pessoa se aposentou em uma certa idade e, a partir dali, vem problemas de saúde ou doenças neurodegenerativas, não porque se aposentou, mas porque envelheceu e ficou propenso a desenvolver essa doença e sintomas.”[19] Entretanto, o neurologista assinala que entre as principais causas da depressão no idoso estão o abandono familiar e o sentimento de inutilidade causado pelo abandono de atividades exercidas.  

A psicóloga e teóloga Marisa Lobo salienta que a depressão está presente em todos os seguimentos sociais, inclusive nos círculos religiosos. 

A depressão (CID 10 – F33) em síntese, é um distúrbio que gera uma tristeza profunda, perda de interesse generalizado, falta de ânimo, de apetite, ausência de prazer e oscilações de humor que podem acabar em pensamentos suicidas. 

A depressão é uma doença, não uma frescura, atinge todas as faixas etárias, todas as classes sociais, ambos os sexos, embora as mulheres sejam 30% mais atingidas do que os homens, a depressão não discrimina, afeta todas as pessoas em todos os segmentos, inclusive religiosos. A depressão é uma doença grave que desencadeia 40% de todas as doenças existentes e pode ser um dos sintomas de outros transtornos psicológicos graves.[20]

Lobo acrescenta que a depressão persegue pessoas boas, e não somente as más, pois pessoas más quase nunca têm os ingredientes fortes causadores e que estão sempre presente em processos depressivos, como o remorso e a culpa. Uma pessoa piedosa pode enfrentar uma dolorosa depressão, decorrente de angústias, traumas, frustrações que toda pessoa pode estar sujeita, ou em “decorrência de desequilíbrio químico no cérebro e ainda ter como uma das causas a genética. Por isso, a depressão é multicausal”.[21]

Segundo opina o reverendo Hernandes Dias Lopes, a depressão é uma doença ainda cercada de tabus e mistérios, que gera preconceitos nas pessoas e comumente é associada ao pecado. 

Há aqueles que atribuem toda doença da mente aos demônios e os que julgam que a depressão é consequência direta de algum pecado não confessado. Reafirmamos que a depressão pode estar ligada a envolvimento com ocultismo e com pecados inconfessos. Mas, nem toda pessoa que passa por uma depressão está necessariamente vivendo na prática de pecado.[22]

Por sua vez, as próprias Escrituras Sagradas afirmam que a idade avançada é tempo de cansaço e sofrimento: “Os anos de nossa vida chegam a setenta, ou a oitenta para os que têm mais vigor; entretanto, são anos difíceis e cheios de sofrimento, pois a vida passa depressa, e nós voamos!” (Salmos 90:10); todavia, afirmam as Sagradas Letras, também, o cuidado divino para com os que esperam no Senhor: “Ele fortalece o cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor” (Isaías 40:29).  

E a Bíblia Sagrada ainda vai além: ensina que a espiritualidade possibilita ao ser humano frutificar mesmo na velhice. “Os que estão plantados na casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos, serão viçosos e vigorosos (Salmos 92:14). Entretanto, as mesmas Escrituras ressalvam que, para esse fim, a pessoa deve se preparar com antecedência, antes de a idade avançada chegar. “Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos em que dirás: Não tenho neles prazer” (Eclesiastes 12:1). 

Aconselham, ainda, as Escrituras a buscar sabedoria em Deus para planejar o futuro: “Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio” (Salmos 90:12), porquanto “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.” (Eclesiastes 3:1). Tempo inclusive de planejar atividades para durante a fase da aposentadoria. 

4. O Cristão Idoso e a Fé 

Para o cristão, em especial, a fé é sua fortaleza e uma parte essencial da vida, pois faz com que a pessoa tenha esperança e motivação de sempre seguir em frente, dando-lhe um significado ainda mais profundo, porquanto “o justo viverá pela fé” (Romanos 1:17), ou seja, a fé é o motivo pelo qual o justo vive.

Neste sentido, Luiza Gutz e Brigido Vizeu Camargo, em artigo publicado na Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia,[23] afirmam que a espiritualidade pode ser contemplada na velhice como um dos recursos de enfrentamento para situações adversas e pode proporcionar aumento do senso de propósito e significado da vida, associados à maior capacidade do ser humano em responder de forma positiva às demandas do cotidiano. “Funciona como um recurso interno do indivíduo, que pode ser acionado pelo contato com a natureza, com as artes, com a experiência de doação de si ou com o engajamento em causas que visam ao bem coletivo.”[24] E salientam que “atividades religiosas/espirituais podem aumentar a motivação para realizar atividades do dia a dia”,[25]porquanto ocupam lugar de destaque e são identificadas como fonte de significação na vida.

Embora haja diferenciação de conceitos entre espiritualidade e fé[26], ambas caminham juntas e assumem importante dimensão na qualidade de vida, principalmente se integrante de uma comunidade religiosa, onde “o indivíduo é convidado a transportar sua fé para o viver, e em muitos casos é estimulado a superar alguns limites e a enfrentar a realidade com uma disposição mais positiva”,[27] leciona o psicólogo e teólogo Charles Ribeiro de Souza. 

Souza reconhece que a Psicologia nas últimas décadas tem reconhecido a fé como recurso de enfrentamento nas situações de grande estresse, porquanto “evidências apontam para resultados relevantes”, em benefício da saúde física, como resistência imunológica e menor índice de doenças cardiovasculares, e, ainda, bem-estar psicológico, como otimismo, menos depressão e menor incidência de ideações ou comportamentos suicidas.[28]

Por sua vez, a Bíblia Sagrada, após afirmar que “a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se veem, e que por ela os antigos alcançaram bom testemunho” (Hebreus 11.1-2), salienta que muitos deles, mesmo já idosos, da fraqueza tiraram força: 

Os quais por meio da fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam a boca dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram forças, tornaram-se poderosos na guerra, puseram em fuga exércitos estrangeiros (Hebreus 11.33-34). 

Com relação à importância da fé, o próprio Jesus declarou que são “bem-aventurados os que não viram e creram” (João 20;29).  

E a Sagrada Escritura prossegue listando uma galeria de heróis da fé, já envelhecidos, mas ativos, dentre os quais citam-se Abraão, que “era de setenta e cinco anos quando saiu de Harã” (Gênesis 12.4), e “tinha Abraão cem anos, quando lhe nasceu Isaque, seu filho” (Gênesis 21:5); Moisés era de oitenta anos quando o Senhor Deus o chamou para livrar seu povo da escravidão no Egito (Êxodo 3:1-2 e Atos 7:23 e 30), e Calebe, que, ao reivindicar por sua herança o Monte Hebrom, conforme havia lhe prometido Moisés, declarou: “Por isso aqui estou hoje, com oitenta e cinco anos de idade! Ainda estou tão forte como no dia em que Moisés me enviou; tenho agora tanto vigor para ir à guerra como tinha naquela época” (Josué 14:10-11). O que de fato restou comprovando, pois o Monte Hebrom era habitado por Anaque e seus filhos gigantes, os quais foram derrotados e expulsos por Calebe: “E Calebe expulsou dali os três filhos de Anaque: Sesai, Aimã e Talmai, descendentes de Anaque” (Josué 15:14). 

A Palavra de Deus deixa claro que confiar no Senhor é a saída para se ter as forças renovadas, pois“os que esperam no Senhor renovarão as suas forças; subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; andarão, e não se fatigarão” (Is 40.31). Ele é quem dá a agilidade e a força de quem precisa andar sem ter do que reclamar e de quem precisa correr sem se cansar. 

Outro elemento importante na vida do cristão e que está em ascensão no âmbito científico é a gratidão. Neste sentido, a psicóloga e mestre em Gerontologia Biomédica Susy Ane Ribeiro Viana afirma que a gratidão contribui para o bem-estar psicológico na velhice, porquanto fortalece a capacidade de enfrentamento das dificuldades ou do sofrimento. Ela destaca que estudos têm mostrado, na última década, evidências sólidas de diversos benefícios relacionados com a gratidão, pois “as pessoas mais gratas desenvolvem mais os afetos positivos e a satisfação com a vida”.[29] 

Viana salienta que, dessa forma, na velhice também há possibilidade de resgatar o que realmente é essencial e valoroso para aproveitar o melhor da vida, reportando, ainda, que as pessoas agradecidas costumam expressar e vivenciar a alegria de terem sido privilegiadas por um benefício. “Como em diversas literaturas espirituais enfatizam, somente um coração amoroso é capaz de reconhecer e valorizar algo como um dom e, portanto, manifestar a gratidão.”[30]

Neste mesmo sentido, a Bíblia Sagrada, ao ensinar o valor da gratidão, exorta e incentiva o cristão a não esquecer de tantas dádivas recebidas de Deus, dentre as quais, a vida, o perdão, a cura e o fortalecimento na velhice.

Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum só de seus benefícios.

Ele é o quem perdoa todas as tuas iniquidades, quem sara todas as tuas enfermidades,

Quem da cova redime a tua vida; que te coroa de benignidade e de misericórdia,

Quem farta de bens a tua vida, de modo que a tua mocidade se renova como a da águia (Salmo 103:1-5).

Portanto o cristão tem a fé como sua aliada, a qual lhe dá esperança e significado para viver, auxiliando na promoção da longevidade com qualidade de vida, ativa e saudável. Se a vida é um dom de Deus, então deve-se crer que Deus dará a cada um a possibilidade de trabalhar e frutificar no ministério de acordo com o perfil pessoal e possibilidades de cada pessoa. Entretanto, incumbe ao indivíduo preparar-se para durante a aposentadoria exercer a atividade desejada.

5. A Necessidade de o Cristão Preparar-se para a Aposentadoria 

O idoso, principalmente o idoso cristão, deve ter sempre o desejo de trabalhar, de ser útil e nunca ter a ociosidade como característica. O avanço da idade por si só não é impedimento para ter um envelhecimento saudável e conduzir a vida de maneira autônoma, ressalva a psicóloga Dra. Silvana Kessler, ao discorrer sobre atividade ocupacional na velhice, e salienta: “As atividades profissionais executadas por idosos influenciam positivamente na qualidade de vida, promovendo interação social e favorecendo o aumento da autoestima”[31], porquanto, ressalta a autora, manter-se socialmente ativo é benéfico para a saúde, independentemente de se ter remuneração para tanto ou não. 

No entanto,Tanize Amália Pazzin e Ângela Marin afirmam que “para muitos o momento pré-aposentadoria é uma fase permeada por sentimentos confusos e ambivalentes, que mobilizam ansiedade, alternâncias de humor, doenças psicossomáticas e medos diversos como o de perder o status de ‘estar na ativa”,[32] e ressaltam que o ideal é a pessoa se preparar ainda quando estiver em atividade laboral, pois assim a transição para a aposentadoria será facilitada.  

Com este objetivo, algumas organizações têm adotado os chamados Programas de Preparação para Aposentadoria (PPA), que consistem em um conjunto de ações e atividades organizadas para atender os trabalhadores que estão em fase de pré-aposentadoria, com o propósito de auxiliá-los a se prepararem para o futuro. Tais programas são desenvolvidos por “um trabalho interdisciplinar, com profissionais oriundos de diversas áreas do conhecimento, tais como médicos, psicólogos, assistentes sociais, advogados, nutricionistas, educadores físicos, dentre outros, buscando uma compreensão biopsicossocial do momento da aposentadoria”.[33]

Como uma excelente alternativa em prol do bem-estar próprio e social, Kessler aponta o voluntariado, que, “diferentemente do trabalho remunerado, o trabalho voluntário é calcado em aspectos motivacionais, não relacionados à recompensa financeira”, ressaltando que, em geral, “a prática do trabalho voluntário de forma ativa e beneficente é percebida por quem a realiza como de relevante importância social”, visto que expressa comprometimento com a solidariedade ante às dificuldades alheias.[34]

Entende-se pertinente ressaltar o que Estatuto do Idoso, nos artigos 2º, 3º e 4º, preconiza: 

Art. 2º O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes á pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que se trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. Art. 3° É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, à efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à cultura, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: IV – Viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso com demais gerações; Art.4º Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da Lei. §1º É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do idoso.[35]

Como o idoso cristão, geralmente, é parte integrante de uma comunidade religiosa e a ele é devido a honra que a Bíblia recomenda (Levítico 19:32), as igrejas devem, nos termos preconizados pelo Estatuto do Idoso, “viabilizar formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso com as demais gerações”, colaborando, assim, com o “aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade”. 

Ademais, para o cristão não deve existir aposentadoria em relação aos propósitos de Deus. Neste sentido, a Igreja surge como um importante e, por vezes, o único espaço para o aposentado interagir e exercer atividades de acordo com o seu perfil, tendo em vista que a Igreja promove a comunhão dos seus membros a partir dos diversos ministérios que a compõem.  

Todavia, para tanto, o cristão deve planejar e preparar-se para estar apto a exercer a atividade compatível com suas características pessoais. Pertinente à importância da aprendizagem para o idoso, Kessler destaca que a “aprendizagem de novas tecnologias tem consistido em um fator que melhora a relação intergeracional e reforça a autoestima de idosos”. A autora salienta que uma das principais motivações para aquisição de novos conhecimentos na velhice, em especial os relacionados à tecnologia, está a intenção de não ser excluído de seu núcleo social e familiar.[36] 

Por sua vez, a Bíblia Sagrada exorta a buscar conhecimento e preparar-se para estar habilitado para toda a boa obra. “Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra” (2 Timóteo 3.17). E ainda mais: “que aprendam também a se empenhar na prática de boas obras a favor dos necessitados, para não se tornarem infrutíferos” (Tito 3:14). 

Conclusão 

Observa-se pela pesquisa bibliográfica realizada que o aumento da expectativa de vida gerou uma grande mudança demográfica devido ao incremento da longevidade na sociedade brasileira. Dentro desse contexto, a população que mais cresce no mundo é a de idosos, principalmente aquela com 80 anos de idade ou mais, sendo a faixa etária de maior crescimento também na população brasileira.  

População esta de idosos a quem a Bíblia Sagrada expressa o cuidado de Deus, quando diz: “Até a vossa velhice, quando tiverem cabelos brancos, eu sou o mesmo, sou aquele que vos susterá. Eu vos criei, e vos levarei; sim, eu vos sustentarei e vos livrarei.” (Isaías 46:4). Também dispõe sobre a honra e o respeito de que são dignos os de avançada idade: “Levantem-se na presença dos idosos, honrem os anciãos, temam o seu Deus. Eu sou o Senhor.” (Levítico 19:32). 

No processo de envelhecimento, porém, ocorrem mudanças, tanto físicas como sociais, ligadas à passagem do tempo, que têm continuidade por toda a vida. Constata-se, conforme a pesquisa, que uma dessas mudanças é a aposentadoria, a qual traz consigo o encerramento da carreira profissional ou o afastamento de um emprego, bem como a perda das relações sociais decorrentes da atividade laboral. Numa sociedade que atribui maior importância ao “fazer” do que ao “ser”, a cessação da ocupação pode causar um profundo impacto no indivíduo, que vai mudar o estilo de vida e que deverá procurar novos significados.

De outro lado, verifica-se, também, que a aposentadoria é uma oportunidade de novas conquistas, liberdade e desenvolvimento pessoal, em que o indivíduo poderá realizar o que antes a restrição de tempo impedia, preenchendo, assim, o tempo ocioso que então terá e contribuindo para o afastamento de processos depressivos decorrentes, principalmente, da ociosidade e sensação de inutilidade. Como vê-se, o ócio também tem uma função social, ao potencializar as relações interpessoais, além de outras como as econômicas, psicológicas ou de inovação.

Para o cristão, em especial, a fé é sua fortaleza e parte essencial da vida, pois é o motivo pelo qual ele vive, porquanto faz com que a pessoa tenha esperança e motivação de sempre seguir em frente, dando-lhe um significado ainda mais profundo da vida. Assim, a fé aliada à gratidão assume importante dimensão na qualidade de vida, principalmente se integrante de uma comunidade religiosa, onde o indivíduo tem oportunidade de transportar sua fé para a vida prática, é estimulado a superar limites e a enfrentar a realidade com uma disposição mais positiva.

Se a vida é um dom de Deus, então deve-se crer que Deus dará a cada um a possibilidade de trabalhar e frutificar no ministério de acordo com o perfil pessoal e possibilidades de cada pessoa. Entretanto, incumbe ao indivíduo preparar-se para durante a aposentadoria exercer a atividade desejada.

Como o idoso cristão, geralmente, é parte integrante de uma comunidade religiosa e a ele é devido a honra que a Bíblia recomenda (Levítico 19:32), às igrejas, por sua vez, incumbe, nos termos preconizados pelo Estatuto do Idoso, “viabilizar formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso com as demais gerações”, colaborando, assim, com o “aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade”. 

Todavia, para isso, o cristão deve planejar e preparar-se para estar apto a exercer a atividade compatível com suas características pessoais, visto que a própria Bíblia Sagrada exorta a buscar conhecimento e preparar-se para estar habilitado para toda a boa obra. O tema, ainda incipiente na abordagem, é rico em possiblidades e enseja novas pesquisas nas searas próprias, buscando compreensão multidisciplinar do universo do idoso e estabelecimento de medidas adequadas à sua realidade.

REFERÊNCIAS 

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[1] PAZZIM, T. A. e MARIN, A. Programas de Preparação para Aposentadoria: Revisão sistemática da literatura nacional. São Leopoldo-RS, 2016.101 f. Dissertação. Universidade do Vale do Rio dos Sinos.

[2]  IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Pesquisa Nacional de Saúde, 2019. Disponível em https://www.ibge.gov.br/busca.html?searchword=n%C3%BAmero+de+idosos. Acesso em 22 jul. 2021.

[3] Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos, 01/10/2003. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm. Acesso em 10 jul. 2021.

[4] AREOSA, S. V. C.; SILVA, J. C. da; HERZOG, L. M.  Envelhecimento e Psicoterapia: Atendimento a Idosos em um serviço-escola in Ciclo Vital: Perspectivas Contemporâneas em avaliação e Intervenção. ARGIMON, I. I. L.; ESTEVES, C. S.; WENDT, G. W. Organizadores. Porto Alegre: EDIPUC, 2015, p. 279.

[5] AREOSA, S. V. C.; SILVA, J. C. da; Op. cit. p. 280.

[6] XIMENES, M.A., et al. Reflexão sobre o trabalho, ócio, lazer e o tempo livre de idosos na contemporaneidade. São Paulo -SP, 2012. Revista Kairós Gerontologia,15(8), pp.67-81. Dissertação. PUC-SP.

[7] Revista Brasileira de Orientação Profissional, São Leopoldo-RS, Vol. 17, No. 1, 91-101, jan.-jun. 2016.

[8] PAZZIM, T. A. e MARIN, A. Programas de Preparação para Aposentadoria: Revisão sistemática da literatura nacional. São Leopoldo-RS, 2016.101 f. Dissertação. Universidade do Vale do Rio dos Sinos.

[9] CABEZA, M. C. Para que serve o ócio na velhice? Blog de Manuel Cuenca Cabezas. Disponível em https://manuelcuenca.es/para-que-serve-o-ocio-na-velhice/. Acesso em 23 jul. 2021.

[10] PAZZIM, T. A. e MARIN, A. Op. cit.

[11] DICIO Dicionário Online de Português. Disponível em https://www.dicio.com.br/ociosidade/. Acesso em 10 jul. 2021.

[12] Revista Kairós Gerontologia, São Paulo -SP, 15(8), pp.67-81, 2012.

[13] CABEZA, M. C. Para que serve o ócio na velhice? Blog de Manuel Cuenca Cabezas. Disponível em https://manuelcuenca.es/para-que-serve-o-ocio-na-velhice/. Acesso em 23 jul. 2021.

[14] CABEZA, M. C. Op. cit.

[15] ESTEVES, C. S. et al. O Que Faz os Idosos Felizes? in Ciclo Vital: Perspectivas Contemporâneas em Avaliação e Intervenção. ARGIMON, I. I. L.; ESTEVES, C. S.; WENDT, G. W. Organizadores. Porto Alegre: EDIPUC, 2015, p. 239.

[16] DICAS EM SAÚDE: Depressão – sintomas, causas e tratamento. Biblioteca Virtual em Saúde, março de 2005. Disponível em https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/76depressao.html. Acesso em 14 jul. 2021.

[17] HAIKAL, Priscilla Auilo. Existem tipos de depressão; conheça os 8 mais comuns e seus sintomas. UOL Viva Bem, 28 jan. 2021. Disponível em https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2018/10/03/tipos-de-depressao-sintomas-e-como-identificar.htm?cmpid=copiaecola. Acesso em 04 jul. 2021.

[18] IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Pesquisa Nacional de Saúde, 2019. Disponível em https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/saude/9160-pesquisa-nacional-de-saude.html?=&t=o-que-e, Acesso em 03 jul. 2021.

[19] LOURENÇO, Tainá. Pesquisa do IBGE aponta que idosos são os mais afetados pela depressão. Jornal da USP, 23 fev. 2021. Disponível em https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/02/23/pesquisa-do-ibge-aponta-que-idosos-sao-os-mais-afetados-pela-depressao.htm?cmpid=copiaecola&cmpid=copiaecola. Acesso em 03 jul. 2021.

[20] LOBO, M. Elias tinha depressão? Segundo a ciência, sim! Saiba como foi tratado. Gospel+, jul. 2019. Disponível em https://colunas.gospelmais.com.br/elias-tinha-depressao-ciencia-saiba-tratado_33415.html. Acesso em 24 jul. 2021.

[21] LOBO, Op. cit.

[22] LOPES, H. D. apud LOBO, M. Op. cit.

[23] Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro-RJ, 16(4), 793-804. 2013.

[24] GUTZ, L. e CAMARGO, B. V. Espiritualidade entre idosos mais velhos: um estudo de representações sociais. Florianópolis-SC, 2013; 16(4):793-804. Dissertação. Universidade Federal de Santa Catarina.

[25] GUTZ, L. e CAMARGO, B. V. Op. cit.

[26] SOUZA, C. R. A Espiritualidade e Suas Repercussões na Vida dos Idosos in Ciclo Vital: Perspectivas Contemporâneas em Avaliação e Intervenção. ARGIMON, I. I. L.; ESTEVES, C. S.; WENDT, G. W. Organizadores. Porto Alegre: EDIPUC, 2015, pp. 292-294.

[27] SOUZA, C. R. Op. cit., pp. 292-293.

[28] SOUZA, C. R. Op. cit., pp. 298-299.

[29] VIANA, S. A. R. A Gratidão e o Envelhecimento Bem-sucedido. Porto Alegre – RS, 2016. Dissertação. Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica, PUC-RS.

[30] VIANA, S. A. R. Op. cit.

[31] KESSLER, S. Atividade Ocupacional, Aprendizagem e Qualidade de Vida em Idosos in Ciclo Vital: Perspectivas Contemporâneas em Avaliação e Intervenção. ARGIMON, I. I. L.; ESTEVES, C. S.; WENDT, G. W. Organizadores. Porto Alegre: EDIPUC, 2015, p. 254.

[32] PAZZIM, T. A. e MARIN, A. Programas de Preparação para Aposentadoria: Revisão sistemática da literatura nacional. São Leopoldo-RS, 2016.101 f. Dissertação. Universidade do Vale do Rio dos Sinos.

[33] PAZZIM, T. A. e MARIN, A. Op. cit.

[34] KESSLER, S. Atividade Ocupacional, Aprendizagem e Qualidade de Vida em Idosos in Ciclo Vital: Perspectivas Contemporâneas em Avaliação e Intervenção. ARGIMON, I. I. L.; ESTEVES, C. S.; WENDT, G. W. Organizadores. Porto Alegre: EDIPUC, 2015, p. 254.

[35] Lei nª 10.741, de 01 de outubro de 2003 in Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos, 01/10/2003. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm. Acesso em 13 ago. 2021.

[36] KESSLER, S. Op. cit., p. 256.

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